Actualmente o ensino tem sido banalizado fortemente e tratado como um critério secundário, consequentemente assiste-se a um aumento exponencial de pessoas, dentro de uma sociedade, incapazes de criarem desenvolvimento e progressão. Ao invês, o ensino deveria ser considerado um dos pilares de formação e desenvolvimento de qualquer sociedade e como tal ser tratado com o devido rigor.
Em Portugal a classe dos professores tem sido marginalizada, posta à parte da realidade do que o ensino deveria ser, perdendo-se a qualidade que era suposta existir e emergindo em políticas de fachada. Os professores veêm-se obrigados a seguir critérios impostos que tornam o facilitismo a palavra-chave do ensino português. Pergunto-me: Qual será o professor que gosta de o ser senão for respeitado?
Os cursos profissionais abriram novas oportunidades, mas essas oportunidades que o governo apela de oportunidades de trabalho, prefiro designar de oportunidades de alunos que não querem fazer nada, estragarem o bom funcionamento das escolas e influenciarem alunos que tinham potencialidade para serem bons alunos.
O facilitismo criado leva a que os nossos alunos não sintam necessidade de se esforçarem e talvez por isso as turmas de cursos profissionais tenham vindo a aumentar ano após ano. Os alunos considerados bons já se perguntam: Porque hei-de de estar a esforçar-me imensamente para ter 14 se posso ter 19 sem me esforçar? Este pensamento perturba todas as pessoas que tenham o mínimo de consciência, revelando a tristeza de como ser bom poucos beneficios tem.
O ensino português é um autêntico ensino de malas, esta expressão permite associar as malas aos políticos por detrás de secretárias que desconhecem a realidade vivida numa escola. O tradicional ensino era feito pelos professores, porém esse ensino de outrora já não existe e temo dizer que jamais existitá! A geração actual está a criar não uma, não duas, mas dezenas de gerações vindouras afectadas por uma ignorancia diplomática, ou seja as pessoas dessas gerações teram diplomas de todos os cursos possíveis e imaginários, Portugal estará nos primeiros lugares no ranking de desenvolvimento do ensino, mas a realidade, essa será moldada pela ignorância!
